Fundada em Março de 2018, a Orquestra Anelo completou um ano de existência com uma série de desafios. Talvez o principal deles seja tornar-se uma referência dentro do próprio Instituto Anelo. Ou seja, que a qualidade da música apresentada faça com que os alunos almejem fazer parte do grupo. “Nem todos os alunos serão professores de música. Em cada 100, dois serão professores. Mas quero que esses dois passem pela Orquestra”, diz o regente Guilherme Ribeiro.
Guilherme Ribeiro é parceiro do Anelo desde os primórdios do Instituto. E desde o início ele já sonhava, junto com outros professores e colaboradores, com o que o Anelo se tornou, sempre imaginando o que poderia acontecer, vislumbrando uma sede onde pudessem atender mais alunos, ter instrumentos e manter um grupo musical grande como a Orquestra. “Era um sonho”, lembra Guilherme. Mas, como ele se mudou para São Paulo, passou a acompanhar o Anelo à distância.
Até que no final de 2017 foi procurado por Luccas Soares, fundador e coordenador do Anelo, com a ideia de tirar o projeto da Orquestra da gaveta. “Agora tem condição”, Luccas disse a Guilherme. “Não sabia se seria uma orquestra ou uma big band de jazz. Coincidiu de eu ter parado de viajar para tocar. Queria ficar mais tempo em casa, trabalhar em arranjos, escrever. Coisas que exigem tempo e dedicação”, lembra o regente. Assim, nasceu a Orquestra Anelo.
Logo de início o grupo foi formado com o melhor material humano disponível: cerca de 20 alunos, professores e colaboradores do Anelo. Este ano, chegou-se ao formato definitivo do grupo: quatro trompetes, quatro trombones, cinco saxofones, uma seção rítmica com piano, baixo, bateria e guitarra, além dos extras: duas sanfonas, cavaquinho e duas guitarras. Como a Orquestra tem três bateristas, dois se revezam na percussão. E ainda há vagas para trompetistas e trombonistas.
REPERTÓRIO
O repertório da Orquestra Anelo é o grande diferencial. Além de arranjos para temas de nomes reconhecidos no cenário da música brasileira como Arismar do Espírito Santo (“Cadê a Marreca”) e Jackson do Pandeiro (“O Canto da Ema”), a Orquestra trabalha com composições de integrantes do grupo como Josimar Prince (“Um Samba pra Laís”) e o próprio Guilherme (“Indiferença”), mais músicas de artistas nacionais consagrados mundialmente como Egberto Gismonti (“Loro”).
“A Orquestra Anelo é um grupo de elite, uma porta-voz da música de qualidade. De maneira efetiva, não deve nada a outros grupos. Tem toda a condição de viajar para se apresentar”, afirma Guilherme. Segundo ele, trabalhar com a Orquestra tem sido uma experiência maravilhosa, por isso não economiza sonhos para o grupo. Entre eles está o desejo de levar a Orquestra Anelo para o Arcevia Jazz Feast, na Itália, um desafio mais econômico do que musical.
ENSAIOS ABERTOS
Mas, antes de tudo, Guilherme reconhece que é preciso tornar a Orquestra conhecida em Campinas e reconhecida pela comunidade, pelos pais e alunos do Anelo. De maneira que aqui fica um convite: quem quiser conhecer como funciona a Orquestra Anelo, os ensaios são abertos ao público e ocorrem às segundas-feiras, às 19h, no Centro de Artes e Esportes Unificados – CEU Mestre Alceu (CEU do Jardim Florence), localizado à Rua Lasar Segall, 110.