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Quando a música transforma colegas de classe em verdadeiros amigos

“Música que Transforma” é quase um mantra no Instituto Anelo, uma missão. Afinal, ao longo de 20 anos, são vários os exemplos de como a música influenciou positivamente a vida de alunos, abrindo sua visão de mundo. Alguns, como é de conhecimento geral, tornaram-se professores no próprio Anelo e músicos profissionais. A música também transforma simples colegas de classe em amigos, daqueles que a gente guarda do lado esquerdo no peito, como diz Milton Nascimento na sua Canção da América.

Foi isso o que aconteceu com Pedro dos Santos e Rafael Souza Pereira (o Rafa), dois alunos de percussão do professor Léo Pelegrin, ambos com 10 anos de idade, e que estudam na turma das 9 horas no sábado. Graças a essa amizade inusitada, nascida entre um ritmo e outro e que surpreendeu até suas famílias pela sinceridade, que Rafa não desistiu de estudar no Instituto Anelo. “O Pedro disse que se eu desistisse, ele também desistiria. Aí eu resolvi ficar”, conta Rafa.

Jandira, mãe de Rafa, lembra que o sonho do garoto era estudar bateria. Ele não conseguiu uma vaga e foi matriculado na aula de percussão. Como não era o que queria, o aluno pensou em desistir. Mas a amizade com Pedro foi o empurrão de que ele precisava para continuar.

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Rafa e Pedro com sua turma de percussão e o professor Léo Pelegrin

“O Pedro é gente boa”, afirma Rafa. “O Rafa é tudo de bom”, retribui Pedro, que quando faltou à aula no começo do semestre deixou o amigo muito preocupado, ao ponto de Rafa pedir para a mãe conversar com o pai de Pedro para saber o que tinha acontecido.

“A gente dá graças a Deus por essa amizade. É muito bonito, é uma coisa deles. O Pedro tem mais facilidade de fazer amizade com pessoas mais velhas. Mas, com o Rafa, rolou uma identificação”, diz Gilliard, o pai de Pedro.

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Rafa e sua mãe, Jandira, e Pedro e seu pai, Gilliard

E essa identificação acabou por aproximar também as duas famílias. Quando Jandira atrasa para buscar o filho ao final da aula, é Gilliard quem cuida do Pedro, e vice-versa. “Jandira é uma guerreira”, elogia Gilliard, lembrando a disposição da amiga em ajudar sempre que é solicitada. O que a gente tem a dizer sobre isso? Que o mundo precisa de mais Pedros e Rafas. (Fotos e texto: Lalá Ruiz)

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